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PÉROLAS DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO

Em Aquiraz, cidade há 32 quilômetros de Fortaleza aconteceu um caso bizarro envolvendo a dona de um Cabaré e uma Igreja evangélica: Tarsila Bezerra iniciou obras de construção de um anexo à sua casa noturna a fim de aumentar suas atividades em franco desenvolvimento. Em reação a isso, uma Igreja próxima também iniciou uma forte campanha de oração visando frustrar o investimento da empresária. Para tanto a Igreja fazia cultos de orações pela manhã, tarde e noite, mas aparentemente as orações não impediram o desenvolvimento da obra até uma semana antes da inauguração. Naquela semana, uma forte chuva com vento e trovões lançou sobre a casa (prestes a ser inaugurada) um potente raio que desencadeou um incêndio de grandes proporções queimando móveis, utensílio, equipamentos eletrônicos impedindo assim a sua reinauguração.

Dias depois a empresária iniciou um processo judicial contra a Igreja sob o fundamento que ela, a Igreja, era a responsável pelo seu prejuízo e fechamento definitivo do negócio, pois era do conhecimento público que os irmãos estavam em campanha de oração para frustrar seu empreendimento. Alegou ainda que o dano foi causado por intervenção divina direta ou indireta, por ações ou meios, razão pela qual ela requeria àquela corte uma indenização da Igreja proporcional às suas perdas.
Em defesa, a Igreja negou veementemente toda e qualquer responsabilidade direta ou indireta pelo sinistro, afirmando que apesar das orações permanentes da Igreja não havia provas materiais da intervenção divina no incêndio e que não podia ser responsabilizada por um ato da natureza que trouxera tamanho estrago ao patrimônio da autora.

Na audiência de conciliação, o juiz leu perplexo o teor do pedido e a resposta da Ré no tribunal e comentou: “não sei como decidir esse caso, pois como os senhores vêm de um lado temos a proprietária de um bordel que alega categoricamente que o incêndio nas dependências de seu negócio foi causado pelas orações da Igreja e na contestação a Igreja afirma com todas as letras que não há provas materiais que o incêndio tenha sido causado pela ação divina”.

Confesso que não tenho certeza se a história acima é verdadeira, mas ela é típica do comportamento de algumas “congregações” e de muitos “Pastores”. Portanto, meu irmão, não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizessem a você, pois, colheremos aquilo que semeamos.

Pastor Levy de Abreu Vargas