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PIB Nilópolis

90 Anos de Vida – Testemunho

Saí de minha aldeia Nagosela, distrito de Santa Comba Dão, Viseu, Portugal em 1955 com apenas uma passagem de navio, viajei por 30 dias até chegar na cidade do Rio de Janeiro e fui morar na Praça onze onde trabalhei por três anos como ajudante em uma Confeitaria. À noite eu estudava no Liceu Literário Português e aos domingos vendia picolé da Kibon na praia de Copacabana. Quando tinha folga na Confeitaria eu vendia miudezas nos trens da Central até Japeri e fazia tudo isso com o objetivo de vencer como imigrante no Brasil.

Após três anos de trabalho consegui pagar o empréstimo que fiz para comprar minha passagem aos queridos Lusitanos que me ajudaram. Posteriormente fui convidado para viver em Nilópolis, pois havia primos que já estavam estabelecidos aqui, então recebi mais ajuda e comprei minha primeira carroça de leite (uma pipa, como se chamava naquele tempo) puxada por uma mula.

Em 1960 comprei a primeira padaria que se chamava Transmontana, em 1964 compramos a famosa padaria Elite na avenida Mirandela e em 1977 entrei no setor hoteleiro que mantive até 2008. Por tradição sempre fui Católico Apostólico Romano sem nenhum compromisso com Deus. Minha verdadeira experiência de fé aconteceu em 1977, graças a Deus hoje sou muito bem resolvido emocional e espiritualmente esbanjando vida, alegria em paz no alto dos meus 90 anos. Sirvo ao Senhor por mais de 10 anos na PIB em Nilópolis, onde pretendo ficar até quando Deus permitir.

Em Nilópolis eu comecei de fato uma linda história, pois conheci a Marinete, esposa amada que me acompanhou por 60 anos. Chegaram os filhos Nilce, José Luiz, Jorge e Maria Inês, depois vieram oito netos e cinco bisnetos.

Por tudo isso, agradeço a Deus pela sua maravilhosa graça que me concedeu vida, família, amigos e uma vida abençoada e frutífera. Deus seja louvado.

JOSÉ DIAS DA COSTA MARQUES

Pastor Levy de Abreu Vargas

A VIDA SEGUE, SIGA A VIDA.

Em Dezembro de 2020 a Igreja tomou uma decisão inédita: Prorrogar por mais um ano o mandato da diretoria estatutária em razão da pandemia. Não havia clima para o processo eleitoral, pois atravessávamos a pior fase da doença com algumas centenas de milhares de mortos, inclusive pessoas de nossa Igreja.

Dezembro de 2021 e ainda estamos sob o clima da pandemia mas, como dissemos, o pior já passou. O centro de triagem foi desmontado, o ginásio devolvido à Igreja e apesar de estar em circulação uma nova variante do vírus, os hospitais estão agora mais preocupados com o surto de gripe (Influenza) do que propriamente o Coronavírus.

Já choramos as perdas, sobrevivemos à fase mais crítica do processo e agora é hora de retomar os projetos, afiar as ferramentas e chamar os sonhos de volta. Não por acaso, hoje estaremos elegendo a nova diretoria para o período 2022/23 que terá a responsabilidade de revitalizar tudo que ficou travado ou “hibernando “ nos últimos 20 meses. Não é uma tarefa pequena, contudo é desafiadora.

Com a nova diretoria estaremos também colocando em prática um novo modelo de gestão Eclesiástica, pois o modelo anterior estava um tanto lento em relação aos novos desafios da tecnologia. Em princípio não haverá grandes mudanças, mas elas virão de modo natural e contínuo pelos próximos dois anos, quando então faremos uma avaliação do processo e seguimos ou recuamos com o projeto.

Já choramos muito, mas a vida segue seu curso e a Igreja não pode parar e ficar lamentando as perdas para sempre. O melhor que pode fazer por ela mesma é levantar a cabeça e seguir a vida.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

A VIDA CRISTÃ NORMAL

Ao longo da semana que passou realizamos a quinta semana de oração e nela refletimos sobre o que devo perder para ganhar uma vida melhor. Os vídeos estão no canal da Igreja (pibnilópolis), vá lá e assista, se gostar compartilhe com as pessoas que você ama e assim estará Multiplicando a palavra de Deus e turbinando o nosso canal nas redes sociais.

Escolhemos falar sobre esse tema, pois há uma enxurrada de propostas contrárias a esses princípios e muitas delas dentro da própria Igreja. Na prática o que vemos é um enorme rebanho em busca dos próprios interesses e um bando de lobos apontando atalhos que se revelam verdadeira ciladas. Os lobos estão sempre atentos àqueles que querem se dar bem, e sempre têm êxito porque a cegueira é grande.

A Igreja não deve apenas apontar o caminho do céu, mas também ensinar seus fiéis a viver melhor na terra, a relacionar-se melhor com o seu semelhante e servir à sua geração com os dons que possui. Segundo o Dalai Lama, monge budista, a melhor religião é aquela que te aproxima de Deus, do infinito, é aquela que te faz uma pessoa melhor, mais compassiva, mas sensível, mais desapegado das coisas materiais, mais amoroso, mais humilde e mais responsável. O que importa é a conduta presente, o teu semelhante, tua família, teu trabalho, tua comunidade e teu mundo. Ele em nada contradiz dos ensinos deixados por Jesus no sermão do Monte, pois esses princípios são universais e atemporais.

Durante cinco dias, à luz da carta aos Filipenses, estudamos condutas práticas para uma vida mais light, mais simples, mas focada no próximo e mais livre dos excessos que sempre nos sobrecarregam e dificultam nossa caminhada. Foi uma semana extraordinária.

A próxima semana de oração será em março de 2022. Até lá relaxe e viva com naturalidade sua vida Cristã.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Jesus Transformação e Vida No Sertão

Jesus: transformação e vida no Sertão

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens.” Tito 2.11 (NVI)
Em 2015 tive o privilégio de participar da Trans Sertão
em Bom Jesus da Lapa. Fui acolhida pelo pastor Ralison,
missionário da JMN. Ao viajar pela estrada até à
base na qual fiquei 13 dias, vi o vermelho da seca, senti
o cheiro do pó da terra que grita por água e ouvi histórias
de um povo que precisa de vida.
Visitamos muitas casas aplicando o material de Relacionamento
Discipulador baseado no livro de João,
e com isso vivenciamos a expressão que carregávamos
na camiseta: Jesus Transforma. Em meio à seca e desesperança
presenciamos Jesus derramar vida sobre
os que o aceitaram como seu único e suficiente Salvador.
Um exemplo disso é o senhor José e sua família,
que ao conhecerem a Palavra anunciaram para mais 20
pessoas ao redor da sua casa.
A pergunta que fica é: Como ouvirão se não houver
quem pregue? (Rom 10.14). Este é o nosso chamado
primordial: fazer discípulos e ensiná-los (Mat 28.18,19)
para que sejam transformados pela Verdade da Palavra
e tenham vida abundante em Cristo.

Elaine Oliveira
Ministra de Educação Cristã da
Igreja Batista do Bacacheri (PR)

Missões Nacionais

JESUS, TRANSFORMAÇÃO E VIDA! MINISTÉRIO COM SURDOS

Viver em uma sociedade onde sua língua e cultura é desconhecida é a realidade de 9,6 milhões de surdos brasileiros, que são inibidos de se comunicar, participar da sociedade como cidadãos ativos e, principalmente, de experimentar a alegria de conhecer o Seu Criador. Eles têm que ouvir a mensagem do Evangelho, e isso deve acontecer de forma contextualizada. Estamos avançando na capacitação de líderes e disseminação do grande desafio de alcançarmos esse grupo estratégico. Pela graça de Deus, atualmente temos missionários em 5 projetos de Plantação de Igrejas em Libras e diversos PGMs em Libras no Brasil.

Imagine viver em um mundo sem poder se comunicar com as pessoas à sua volta. Foi assim que viveu o jovem José Acácio durante anos. Nascido surdo em uma família de Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), seus pais por muito tempo não sabiam qual era o problema que o fazia não entender instruções básicas, e a comunicação com sua família era quase inexistente. Aos 17, sabia pouco de Libras e não frequentava a escola. Quando passou a aprender, a falta de instrução e comunicação o levou aos piores caminhos.

“Minha vida no passado era muito complicada. Eu queria ter dinheiro igual aos outros jovens. Então comecei a roubar as pessoas para beber e usar drogas. Eu era um cara muito violento, muito nervoso. Minha comunicação em casa era muito difícil. Não entender o que as pessoas estavam falando me dava uma tristeza muito grande e eu ficava pensando que era o único surdo no mundo. Aquilo trouxe uma angústia e uma depressão muito grande na minha vida”, conta José, hoje com 27 anos.

Nas primeiras vezes que foi à igreja, José sentia-se deslocado, pois ninguém podia traduzir para ele o que era falado. Para ele, era impossível conhecer a mensagem do Evangelho. Foi apenas com a visita da missionária Marília Manhães, do Ministério com Surdos de Missões Nacionais, que ele foi apresentado a Jesus, que poderia transformar sua situação.

“Foi o momento mais feliz para mim quando eu entendi o que as pessoas falavam. Depois do dia que eu entendi quem era Jesus, que eu recebi Jesus e Ele transformou a minha vida, eu comecei a desejar aprender mais de Deus e nunca mais quis pensar em viver aquilo que eu vivia antes”.

Depois que conheceu a mensagem do Evangelho, cresceu no coração de José Acácio o desejo de compartilhar com outras pessoas sobre Jesus, principalmente outros surdos, que viviam tão distantes do entendimento de Deus. Hoje, junto com o pastor Rafael Nascimento, da Igreja Batista em Libras de Vila Isabel, Rio de Janeiro (RJ), José Acácio é um líder de Pequeno Grupo Multiplicador em Libras (PGML) e tem levado transformação e vida por meio do Evangelho para a comunidade surda ao seu redor.

Extraído da Revista do Promotor, pg. 23, Campanha de Missões Nacionais 2017.