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JMN 2019

MINHA RAZÃO DE VIVER – MULTIPLICAR

Olá, queridos(as)! Qual a sua razão de viver? Essa é uma pergunta com vertentes diferentes, cujas respostas nos levarão a um só propósito – a glória de Deus.
Receber de Deus uma razão pela qual viver não se limita a novos parâmetros ou princípios de vida. Não se trata exclusivamente do estabelecimento de uma relação religiosa com Ele.

Paulo, o apóstolo, nos ensina que ter uma razão de viver é ter outra vida em detrimento à sua; é expandir o horizonte da sua visão em relação ao outro e à sua, buscando alcançar o Brasil, o mundo, derrubando as barreiras geográficas a fim de que o “poder de Deus” alcance a humanidade.
Ter uma razão de viver é restabelecer nosso entendimento de uma vida em Deus, de caráter irrevogável; uma vida impressa e sobreposta à minha própria vida. É a negação do EU em prol da vida do Filho de Deus em mim.

O contexto em que o apóstolo pronuncia a divisa da nossa campanha: “Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim..” (Gl 2:20), nasce como um grito de “independência e morte”. A igreja na Galácia vivia a iminência de restabelecer o padrão judaico confiado em sacrifícios humanos, contrário à graça de Deus e ao perdão de pecados, que estão em Jesus. Era a negação do sacrifício do Cristo, a declaração de que sua morte foi em vão.

Esse é um grande desafio da Igreja de Jesus Cristo na atualidade para que nós, cristãos, multipliquemos. Compreendemos bem a ordem de Jesus quando ele diz: “Ide, façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”? O “ide” não é um fim em si mesmo, tampouco batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo o é; mas “façam discípulos” denota multiplicação. Há nesse mandamento um caráter de proximidade e de envolvimento constantes; há relacionamento, há “vida na vida”. E talvez seja o que nos assuste – multiplicar, pois, para eu multiplicar, é necessário que eu seja fértil. Ser fecundo começa na mudança do meu entendimento ao de Deus, levando “cativo todo pensamento à obediência de Cristo..”; é ser transformado pela renovação da minha mente, assim como aconteceu com o apóstolo Paulo; é perceber que meus ideais de vida, meus princípios e minhas prioridades estão condicionados, compromissados e conformados ao mesmo estilo de vida que Jesus tinha. Jesus viveu não a própria vida, mas a de Deus. Sua vida apontava para o plano de Deus com a humanidade.

Na medida em que torno Deus e seus propósitos a minha razão de viver, passo a ter a profunda percepção do que é essencial para a locomoção da minha fé, então:

• Compreendo e não me conformo à terrível condição espiritual em que a humanidade se encontra, pois “o mundo geme com dores de parto..”, pela razão de que o “deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo.”

• Também, quando a minha razão de viver é entronizada pela vida do Cristo em mim, compreendo e assumo meu papel diante do mundo como “sal e luz” que sou a fim de ser instrumento de Deus para tirar muitos da cegueira espiritual em que se encontram.

Começamos hoje mais uma campanha missionária, que não tem um fim em si mesma.
Oremos ao Senhor, para que sua vida nos traga a verdadeira vida a todos que estão próximos a nós, contribuindo e orando pela obra missionária ao longo do nosso Brasil.

José Carlos Dias de Freitas – Ministro de Evangelismo & Missões

Missões Nacionais

JESUS, TRANSFORMAÇÃO E VIDA! MINISTÉRIO COM SURDOS

Viver em uma sociedade onde sua língua e cultura é desconhecida é a realidade de 9,6 milhões de surdos brasileiros, que são inibidos de se comunicar, participar da sociedade como cidadãos ativos e, principalmente, de experimentar a alegria de conhecer o Seu Criador. Eles têm que ouvir a mensagem do Evangelho, e isso deve acontecer de forma contextualizada. Estamos avançando na capacitação de líderes e disseminação do grande desafio de alcançarmos esse grupo estratégico. Pela graça de Deus, atualmente temos missionários em 5 projetos de Plantação de Igrejas em Libras e diversos PGMs em Libras no Brasil.

Imagine viver em um mundo sem poder se comunicar com as pessoas à sua volta. Foi assim que viveu o jovem José Acácio durante anos. Nascido surdo em uma família de Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), seus pais por muito tempo não sabiam qual era o problema que o fazia não entender instruções básicas, e a comunicação com sua família era quase inexistente. Aos 17, sabia pouco de Libras e não frequentava a escola. Quando passou a aprender, a falta de instrução e comunicação o levou aos piores caminhos.

“Minha vida no passado era muito complicada. Eu queria ter dinheiro igual aos outros jovens. Então comecei a roubar as pessoas para beber e usar drogas. Eu era um cara muito violento, muito nervoso. Minha comunicação em casa era muito difícil. Não entender o que as pessoas estavam falando me dava uma tristeza muito grande e eu ficava pensando que era o único surdo no mundo. Aquilo trouxe uma angústia e uma depressão muito grande na minha vida”, conta José, hoje com 27 anos.

Nas primeiras vezes que foi à igreja, José sentia-se deslocado, pois ninguém podia traduzir para ele o que era falado. Para ele, era impossível conhecer a mensagem do Evangelho. Foi apenas com a visita da missionária Marília Manhães, do Ministério com Surdos de Missões Nacionais, que ele foi apresentado a Jesus, que poderia transformar sua situação.

“Foi o momento mais feliz para mim quando eu entendi o que as pessoas falavam. Depois do dia que eu entendi quem era Jesus, que eu recebi Jesus e Ele transformou a minha vida, eu comecei a desejar aprender mais de Deus e nunca mais quis pensar em viver aquilo que eu vivia antes”.

Depois que conheceu a mensagem do Evangelho, cresceu no coração de José Acácio o desejo de compartilhar com outras pessoas sobre Jesus, principalmente outros surdos, que viviam tão distantes do entendimento de Deus. Hoje, junto com o pastor Rafael Nascimento, da Igreja Batista em Libras de Vila Isabel, Rio de Janeiro (RJ), José Acácio é um líder de Pequeno Grupo Multiplicador em Libras (PGML) e tem levado transformação e vida por meio do Evangelho para a comunidade surda ao seu redor.

Extraído da Revista do Promotor, pg. 23, Campanha de Missões Nacionais 2017.