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Pastor Levy de Abreu Vargas

ANIVERSÁRIO DE NILÓPOLIS

Apesar da pandemia, na última sexta feira 21 de agosto, o Prefeito Farid reuniu em seu gabinete representantantes de várias religiões para o que chamou de Culto ecumênico afim de celebrar o aniversário e sinalizar que Nilópolis é uma cidade inclusiva e diversa.

As “Crônicas de Nilópolis” contam que a Cidade surgiu de um loteamento promovido pelos irmãos João e Manoel Alves de Miranda, donos da fazenda São Mateus cuja atividade principal era criar cavalos para o Exército. Este loteamento chamou a atenção de investidores, entre eles o Coronel Júlio de Abreu que comprou muitos lotes e influenciou alguns amigos a fazerem o mesmo. Os lotes mediam 12,5m de frente por 50m de fundos e podiam ser pagos em suaves prestações. Isso aconteceu lá pelos idos de 1913.

Com o adensamento urbano, chegaram também famílias evangélicas que trouxeram consigo a fé e o ardor evangelístico, que foi aos poucos mudando a identidade religiosa da cidade. Antes a população era composta principalmente por Católicos Romanos, Espíritas kardecistas, Afrodescendentes de diferentes matizes e Judeus. Em 1922 chegaram os Presbiterianos, em 1926 os Metodistas, em 1927 os Congregacionais, em 1935 a Assembleia de Deus e em 1939 os Batistas. Estas foram as matrizes que deram origem às demais Igrejas Evangélicas, mas Nilópolis não é apenas Evangélica, ela é Espirita, Muçulmana, Budista, Mórmon, Messiânica e até mesmo o lar de ateus e agnósticos que vivem em harmonia apesar das diferenças, afinal é ela que nos proporciona toda essa riqueza cultural.

A iniciativa de reunir líderes de religiões diferentes foi inédita e deu beleza à celebração, afinal como já dizia John Wesley: “No que é essencial devemos ter unidade, naquilo que não é essencial liberdade e em todas as demais coisas a caridade”, que é o amor ao próximo como nos ensinou o Senhor Jesus, portanto, parabéns Prefeito Farid e povo Nilopolitano por mais um aniversário de nossa Cidade.

Pastor Levy de Abreu Vargas

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POR NOSSA CULPA

Na última segunda-feira o Congresso Nacional votou uma medida extrema para conter o avanço da criminalidade no Rio de Janeiro, mas isso é apenas um ponto entre tantos outros. Nosso Estado é a segunda maior economia do país e ao mesmo tempo um fracasso administrativo por conta de gestores inescrupulosos que se revezaram no poder com a conivência daqueles que mais precisam do governo: A classe operária.

Infelizmente, aqueles que mais precisam e mais trabalham são também os que menos recebem. Fazem parte da classe operária aqueles irmãos brasileiros que viajam de trem e metrô, usam o sistema público de saúde, seus filhos estudam nas escolas municipais e estaduais, ocupam a maior parte do subemprego ou são funcionários públicos com baixa remuneração (professores, policiais civis e militares, bombeiros, agentes públicos, agentes de saúde e tantos outros), habitam os subúrbios, as comunidades ou a periferia, ou seja, nós somos a classe operária.

Jesus nos deixou alguns poucos mandamentos e mesmo sendo tão poucos teimamos em desobedecê-lo. Em seu derradeiro encontro com os discípulos Ele disse: “É me dado todo poder no céu e na terra, portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…” (Mateus 28.18,19). Mesmo com a assombrosa multiplicação de templos Evangélicos não temos feito discípulos. Temos feito amizades, temos reunido pessoas, temos construído templos e temos seduzido pessoas em busca de cura e riqueza, mas infelizmente não temos feito discípulos e sem discípulos o Reino não cresce e as trevas prevalecem.

Confesso que tenho pouca esperança que o Exército venha resolver em dez meses os problemas que foram se multiplicando por décadas, mas tenho certeza, que se a Igreja quiser e estiver disposta a pagar o preço da obediência ao imperativo bíblico, em menos de uma geração teremos não apenas uma Igreja transformada, mas um Estado verdadeiramente pacificado e liberto de todas as suas mazelas sociais.

A Bíblia ensina: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (II Crônicas 7.14-15). QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA!

Pastor Levy de Abreu Vargas