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post-julho-24

DEIXE A MELANCOLIA E SEJA FELIZ

O cartunista e Humorista Henfil escreveu um texto muito interessante: “Por muito tempo pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade, mas sempre havia um obstáculo no caminho, sempre havia algo entre eu e meu projeto de ser feliz. Ora era um trabalho a ser terminado, uma dívida para ser paga, uma enfermidade, a perda de entes queridos, uma viagem… e assim meu projeto ia sendo adiado”.

Um pouco mais melancólico que o cartunista Henfil é o compositor Peninha. É dele a letra “Casinha Branca” gravada por vários astros da MPB. Entre outros versos pincei algumas linhas que transcrevo para que você tire suas próprias conclusões: “Eu tenho andado tão sozinho ultimamente, que nem vejo à minha frente, nada que me dê prazer; sinto cada vez mais longe a felicidade, vendo em minha mocidade, tanto sonho perecer… Eu queria ter na vida simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela, para ver o sol nascer…”.

O problema tanto de um como do outro é o equivoco acerca da felicidade. A felicidade não é um projeto, não é um objetivo, não é um lugar, não é uma posse, uma questão de escolha, ou de oportunidades. Felicidade não é ter muito ou pouco dinheiro, ser ou não ser famoso, ser magro ou gordo, branco ou negro, culto ou inculto, religioso ou cético, crédulo ou incrédulo. Feliz não é aquele que faz o que quer, fala o que pensa ou cria suas próprias regras.

Quando pensamos em felicidade, pensamos em um algo que nos permita uma vida melhor com a esposa, o esposo, os filhos, o trabalho, os negócios e os amigos. Quando nos decidimos ser parte de uma Igreja, pensamos em uma comunidade que nos permita desenvolver os dons, cultivar amizades, adorar ao Senhor e alcançar a felicidade. Ser feliz é “O” desejo secreto da raça humana, mas o que não sabemos é que esse sonho já é a verdadeira felicidade.

Então, pare de fazer planos para ser feliz quando terminar ou voltar à faculdade, até que perca cinco quilos, até que se case, até que tenha filhos ou que eles cresçam. Não espere para ser feliz depois que venda ou compre um novo carro, mude-se do seu bairro, pague todas as contas, seja inverno ou verão… Ou quando se aposentar. Não pense que será mais feliz em uma Igreja maior ou menor, mais perto ou mais longe de casa, uma comunidade conservadora ou avivada… Ou quando fundar sua própria congregação.

Decida que não há melhor momento e lugar para ser feliz do que aqui e agora enquanto você pode, enquanto você quer, solteiro ou casado, antes que os filhos cresçam, antes que você adoeça, antes que os amigos se separem, antes que as luzes se apaguem, antes que você adoeça ou morra… Porque felicidade já é o próprio desejo de ser feliz; felicidade já é o caminho que caminhamos todos os dias, porque felicidade é a viagem e não o destino.

Portanto, deixe de melancolia e seja FELIZ!

Pastor Levy Abreu Vargas

post-julho-10

SIMPLESMENTE SER

Há pessoas que falam que têm o poder da persuasão, que usam bem as palavras e são convincentes. São pessoas inteligentes, perceptivas, sagazes que falam do que os outros gostam e querem ouvir. Nem sempre acreditam no que falam, mas falam e usam todo o carisma para atrair, envolver, convencer e usar seus ouvintes para os seus próprios interesses.

Há pessoas que nos convencem pelo que fazem. São pragmáticas, objetivas, determinadas e chegam ao topo. O caráter não importa muito, pois os fins justificam os meios. Como num jogo o importante é ganhar e ganham sempre. Não há culpa, não há pecado e não há perdão, pois estão focadas nos próprios objetivos e estes valem qualquer sacrifício. Fama, dinheiro e poder respondem por tudo e, para tanto, as regras não dizem muito.

Há pessoas que nos convencem pelo que têm. Sua vida de ostentação, seus relacionamentos, suas posses, seus supostos prazeres nos seduzem e quase nos arrastam ao seu estilo de vida mesmo sem poder. Alguns já nasceram ricos, outros se fizeram ricos porque trabalharam ou simplesmente alcançaram a riqueza por uma conjunção de fatos que contribuiram para que chegassem aonde chegaram. Sua vida de luxo, conforto e aparente liberdade nos fazem sonhar e desejar seu estilo de vida por puro deleite.

Mas há um tipo de pessoa que procuramos e muito raramente encontramos: São aquelas pessoas que nos convencem simplesmente pelo que são. Não são dadas ao falar, não são pragmáticas no fazer, nem nos convencem pelo que têm. Simplesmente são e isso lhes basta ser. Essas pessoas não estão preocupadas em agradar, mas também não querem desagradar. Não estão determinadas em fazer, mas fazem simplesmente porque é o que devem fazer. Elas nem sempre têm, e quando têm não ostentam, não provocam inveja, nem fazem dela a sua muralha. Não buscam honras, não se vendem aos prazeres e não se deixam corromper.

Há naturalmente muitos outros tipos, mas separei estas para você pensar que tipo de pessoa gostaria de ser: A que convence, a que realiza, a que possui, ou simplesmente aquela que é ela mesma, e sendo ela mesma convence, realiza e acumula bens que o dinheiro não pode comprar. Isso não a impede de falar, de fazer ou possuir riquezas, mas simplesmente não coloca nisso o seu coração.

Simplesmente ser. Ser você mesmo, sem máscara, sem mácula, sem inveja, sem orgulho, sem vaidades… Sem falsa piedade. Esse é o nosso desafio e a nossa maior razão para crer.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Vontade De Deus

Até que se torne o meu jeito de ser.

Na primeira aula do Curso de Discipulado recebi a primeira tarefa: “personalizar o Salmo 1”. Desde então fui desafiada a pensar e escrever na 1ª pessoa, ou seja, Deus estava me chamando para um “particular”, apesar de ser um curso onde uma turma se dispõe a aprender junto, cada um de nós (alunos) fomos convocados para uma aula particular com o “Mestre dos Mestres”. Esse para mim, em particular, foi um grande desafio. Investigar e por à prova minhas motivações, ações e fé não foi nada fácil.

Fui convidada a olhar francamente minha própria realidade e deixar que Deus me libertasse para uma vida cristã autêntica e coerente. Uau!! E agora? Permito-me ou não a essa exposição? Confio ou não em meus líderes? Escolhas que tive que fazer durante o curso. Aliás, somos desafiados a fazer escolhas na vida cristã em todo tempo. No curso, isso foi intensificado. Tive que escolher aproveitar a oportunidade de cura que Deus estava me dando ou não. Graças a Deus que escolhi aproveitar. Foram muitos confrontos comigo mesma e com o Espírito Santo de Deus. Ele me disse claramente através do texto de Efésios 4.22-24: “busque uma maneira completamente nova de viver, uma vida moldada por mim, uma vida renovada no interior e que demonstre sua conduta, à medida que Eu reproduza Meu caráter em você”.

A despeito de minhas fraquezas, medos e sentimentos, me colocar diante do meu Mestre para que Ele me ajude a ter raízes fortes que alcancem águas profundas e assim, nos dias de seca eu permaneça viçosa e produzindo frutos. (Jeremias 17.7-8).

Quero terminar com alguns trechos do poema de Myrtes Mathias que intitula esse editorial:

Senhor, eis-me aqui, mais uma vez, para uma prece de entrega e aceitação. Sozinha. Filho, marido, pai, irmãos, amigos, lar, trabalho, prestígio, carência de saúde e afeto, sonhos, ambições… Ficaram lá… Além distante. Pertencem-Te. (…) Eu preciso vir integralmente, mas só. Apenas como criatura Tua. E há um calmo desespero nessa persistência dolorosa em busca de Ti. Porque sei que tudo estará bem quando o Amor for colocado na ordem que o posicionaste: ‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, toda a tua força, todo o teu entendimento…’ Como consegui-lo eis a questão. Porque diante dessa imensidade, que há de caber toda em meu coração, sinto-me criança do Curso de Alfabetização, a repetir infinitamente o texto, menos por compreendê-lo que para agradar a Quem a ensina, até o momento mágico em que, sem saber como, descobre que já sabe ler: – Senhor meu Deus, eu Te amo de todo o meu coração, toda a minha força, todo o meu entendimento… Faze isto claro em meu consciente, meu inconsciente, até que se torne um modelo de vida, o meu jeito de ser. Se tem que haver uma poda ou um enxerto, que o seja, mas dá-me a bênção de sentir-me ligada diretamente a Ti, como um canal por onde há de fluir a Graça que me fará perdoar, aceitar, amar a mim mesma, como obra Tua, e assim perdoar, amar, aceitar o meu próximo, na proporção que ordenaste e esperas de cada filho Teu: ‘… e ao teu próximo como a ti mesmo (…)’ “.

Euzilane da Silva Viegas