PIB Nilópolis

IGREJA SEM TEMPLO?

Esta é a nossa segunda semana sem culto no Templo e para ser sincero não sabemos quando voltaremos, pois as projeções sobre o COVID 19 não são otimistas, então vamos esperar até que a vida volte à normalidade, depois retomamos aos poucos nossas atividades.

Apesar de ser um tempo de incertezas, nossa situação é melhor que algumas gerações passadas e até em relação a algumas situações presentes. Por exemplo: No século XX o mundo foi abalado por duas grandes guerras (1914-1918 e 1939-1945). Em menos de trinta anos a mesma geração foi chamada a lutar duas vezes. Agora mesmo na Síria milhares de refugiados estão deixando suas casas e migrando em condições miseráveis apenas para manter a vida, sem mesmo saber se poderão atravessar as fronteiras. Como vemos, tanto no passado, como no presente a vida pode ser bem cruel com alguns e até muito generosa com outros.

A história conta que durante a segunda grande guerra, Winston Churchil, primeiro ministro da Inglaterra, falava ao povo Britânico que nada tinha a oferecer a eles a não ser sangue, suor e lágrimas. Um discurso duro que tentava resgatar o sentimento pátrio enquanto aviões da Luftwaffe, (Força aérea Alemã) jogava bombas sobre os telhados da cidade.

Por esse mesmo tempo (1941-1944), um Irlandês de nome C.S. Lewis, Professor visitante em Oxford fazia palestras de apologia Cristã pela BBC. Essas transcrições depois foram editadas com o nome de “CRISTIANISMO PURO E SIMPLES”. Churchil era o comandante em chefe desafiando o povo a não desanimar e não se entregar sem lutar. Lewis era o pastor, o profeta que lembrava ao povo para viver cada dia com toda intensidade possível aproveitando cada momento. Disse ele: “Quando a bomba chegar que ela nos encontre trabalhando, lendo, ensinando, ouvindo música e orando. Ela pode quebrar os nossos ossos, mas não pode dominar nossas mentes”.

Então queridos, não fiquem paralisados pelo medo, pelas notícias ou pelas estatísticas do COVID 19 no mundo. Viva naturalmente, aproveite para investir em seu relacionamento familiar e transforme sua casa em um templo de adoração a Deus, assim não teremos um, mas muitos templos espalhados por todos os lugares. A Igreja nunca ficará sem Templo.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pr. Levy de ABreu Vargas

SEJA HUMANO, CRISTÃO E CRIATIVO

Este será nosso primeiro domingo sem culto no Templo, mas não na Igreja. A Igreja se mantém integra, unida e consciente de que isso vai passar, como tudo na vida passa. Domingo passado à noite, fizemos nossa primeira transmissão ao vivo pela internet através do Facebook e Instaram, fizemos nova transmissão na quarta feira e faremos outra logo mais no horário do culto, às 19h. Oriente e ajude pessoas de seu relacionamento a usarem estas ferramentas, elas são poderosas nestes dias de crise.

É um tempo de exceção, mas não vamos desesperar. A Igreja é muito mais que o Templo e suas edificações, portanto nada de pânico, de choro e melancolia. As medidas que o governo tomou foram necessárias e, se observadas, vão nos poupar de gastos e muito sofrimento. A situação é realmente grave e o risco iminente, mas se fizermos nossa parte nada temos a temer.

Como prevenção ao contágio, suspendemos até os encontros dos Pequenos Grupos. Na semana passada incentivamos as famílias a fazerem a reunião em casa e foi maravilhoso: quatro famílias em pontos diferentes da cidade fizeram reuniões familiares que contou inclusive com visitantes. É a criatividade dando lugar à perplexidade diante de tanta notícia ruim.

Nesta edição estamos sugerindo cultos para você realizar em casa. Sim, isso mesmo, em casa. Sua casa é um Templo de adoração. Reúna a família no horário mais conveniente a todos, sigam as instruções (inclusive o roteiro da mensagem), cantem, orem e honrem ao Senhor com alegria, pois essa é a nossa parte como membros do seu Reino na terra. Um dia faremos isso no céu, mas por enquanto vamos tornar a nossa “reclusão doméstica” relevante. Faça até mesmo o momento de ofertório, recolha o que a família puder consagrar ao Senhor e durante a semana traga até o Templo. As despesas continuam, mesmo com as portas fechadas, mas o Senhor suprirá todas as nossas necessidades em glória através da sua fidelidade.

Faremos isso toda semana até que a pandemia esteja controlada e a vida volte à sua normalidade. Pode levar meses, mas nosso vínculo não vai se romper e praga alguma chegará à sua casa, se você seguir os conselhos técnicos e mantiver seus joelhos flexíveis. Aproveite para ler, orar e realizar pequenos trabalhos domésticos que você estava “empurrando” há muito tempo. Seja humano, cristão e criativo.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pr. Levy de Abreu Vargas

CEM SEMANAS DE ORAÇÃO

Amanhã, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2020, começaremos a mais longa jornada de oração que nossa Igreja já promoveu: Serão 100 (cem) semanas de oração distribuídas em etapas de 05 cinco semanas a cada ano. De 2020 a 2039 serão vinte anos com um único propósito: Orar para conhecer e fazer a vontade de Deus.

Cada semana estaremos promovendo um seminário temático para instruir a Igreja acerca dos desafios futuros. Este ano teremos cinco. O primeiro, como não poderia deixar de ser, terá como força motivadora o pedido dos discípulos a Jesus: “SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR”. Em abril será: SANTIDADE; Em Junho vamos falar das FINANÇAS DOMÉSTICAS; Em agosto, “UM CLAMOR PELA FAMÍLIA” e em outubro fecharemos a primeira jornada VENCENDO OS PRÓPRIOS LIMITES.

A cada dois meses faremos uma parada nas atividades normais a fim de participar deste esforço. Os pequenos grupos, as classes de casais, os ensaios, a Geração XXI, todos. Queremos a família unida e reunida para ser abençoada e abençoar a Igreja. Além das atividades para a Geração XXI a Igreja vai promover uma cantina 0800 com um lanche (ou jantinha) para facilitar quem vem direto do trabalho. Vai ser um esforço coletivo onde todos terão oportunidade de servir e ser servido.

Outro esforço que faremos nesta fase será a transição da Igreja para os PGM – Pequenos grupos Multiplicadores. Já temos cinco em funcionamento, mas queremos chegar ao fim do ano com pelo menos o dobro e assim nos multiplicarmos até que toda a igreja faça parte deles. Eles vieram para ficar, Na verdade, o começo da igreja primitiva e da nossa foi assim.
Os PGM nada mais são que um retorno aos princípios cristãos e ali, tão próximos, podemos aprender o que significa a expressão “VIDA NA VIDA”.

Amados, esta é apenas a primeira semana. Não se preocupem com as outras. Vivamos uma de cada vez, fazendo sempre aquilo que vier às nossas mãos para fazer e assim experimentaremos qual seja a boa e agradável vontade de Deus. Contamos com você e com sua presença.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastoral PIB Nilópolis

INTERCESSORES 1T5.17

Na noite do dia 21 de outubro fiz um apelo no ZAP para que alguns irmãos orassem comigo em favor da saúde do irmão José Carlos Dias de Freitas, ministro de missões da Igreja. Como o propósito era só para aquele noite, ao encerrar o período, encerramos também o grupo. Mas a história não terminou aí. Seu estado agravou-se, então fizemos um novo grupo em 28/10 com o propósito de encerrá-lo somente quando nosso irmão deixasse o hospital.

Muito bem, José Carlos deixou o hospital em 13/11, fez as provas que faltavam para concluir seu curso de acesso ao posto de Oficial superior da Polícia Militar, fez um ensaio fotográfico com a família e todos os formandos, e veio à Igreja em 24/11 para agradecer. Mas o grupo continuou e vai continuar porque esta é a vontade de Deus e das pessoas que dele participam. O grupo não é mais do Pastor, nem da Igreja, é de todos.

Funcionamos assim: Todos os dias às 23h iniciamos as orações onde estivermos. Houve um dia em que retornávamos de uma viagem e paramos em um posto de gasolina por cerca de 30 minutos para orar com o grupo, depois continuamos a viagem. A questão não é onde, mas quando interrompemos nossas ações para discretamente interceder pelos pedidos que são enviados. O grupo não é rígido, se você não pode às 23h, pode fazê-lo em outros períodos do dia ou da noite, o importante é orar.

Fomos bastante ecléticos na formação dele, o único critério que usamos foi o de colocar pessoas que sabidamente creem no poder da oração. Assim, temos irmãos de Curitiba, São Paulo, Tocantins, Salvador, Rio de Janeiro e até fora do país. Assim como há irmãos de vários lugares, há também pessoas de várias Igrejas e isso nos une ainda mais. O nosso vínculo é o amor comum em Cristo Jesus.

Nosso grupo completou seu primeiro mês de vida no último dia 28/11 que, por coincidência, foi também o dia MUNDIAL DE AÇÕES DE GRAÇAS. Naquele dia criamos uma logo e uma divisa que vai nos representar. Ela será a marca dos intercessores enquanto o grupo durar.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Boletim PIB Nilópolis

DIÁCONO NÃO SE APOSENTA

O Evangelista Lucas começa o sexto capítulo do livro de Atos dizendo que por se multiplicar o número de discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. Essa murmuração chegou aos ouvidos dos Apóstolos que tomaram uma decisão prática: Não era razoável que eles deixassem o ministério da palavra e da oração em detrimento dos problemas sociais, então convocaram a Igreja que orassem e escolhessem homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e sabedoria para atender aquela demanda crescente. Você pode ler todo o texto em Atos 6.17 e I Timóteo 3.8-13.

Na Igreja Batista só há dois títulos considerados como oficiais e o diácono é um deles. Das Igrejas históricas (Batistas, Presbiterianos, Congregacionais e Metodistas) os diáconos sempre tiveram e têm um papel fundamental, pois formam o núcleo de liderança mais estável e eficiente que ela pode contar nos momentos de crise. Os critérios para o convite e a consagração deles, ainda são os mesmos exigidos no texto que citamos acima: Homens e mulheres de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para que tenham habilidade e integridade para exercer as múltiplas funções.

Além das atividades no ministério, eles também são experientes na liderança. Dos quinze membros da diretoria geral, sete são diáconos. Também são professores na Escola Discipuladora, lideram pequenos grupos, participam de comissões temporárias ou permanentes, representam a Igreja em eventos externos e são quase um terço do conselho consultivo. Há entre eles cantores, coristas, ministros e conselheiros, mas também fazem trabalhos simples como atender a portaria, supervisionar os estacionamentos e promover a segurança da área interna do templo.

O dia do Diácono Batista é celebrado sempre no segundo domingo de Novembro, mas semana passada houve o Congresso Infantil, então adiamos para hoje, quando estaremos participando da Ceia do Senhor e homenageando alguns deles que deixam o serviço ativo e se tornam diáconos Eméritos.

Diáconos não se aposentam, mas permanecem servindo em atividades que exijam menor vigor físico e maior experiência. A estes, a nossa gratidão e os nossos Bem vindos ao quadro de DIÁCONOS EMÉRITOS da PIBN.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Boletim PIB Nilópolis

SER IGREJA

As duas últimas semanas foram marcadas por fortes emoções: Primeiro o nascimento do Davi no dia 16/10, depois, no mesmo dia, seu pai, pastor Edvaldo, sofre um forte acidente de carro que por milagre saiu apenas com algumas queimaduras de primeiro e segundo graus. Júnior ficou um dia internado em Arraias – TO enquanto sua esposa convalescia em outro hospital próximo, no Estado de Goiás.

Na sexta feira 18/10 o irmão José Carlos ligou pedindo orações, pois estava se sentindo exausto, muito cansado até para caminhar dentro de casa. No sábado fomos visitá-lo (ele agora mora em Itaguaí) e achamos estranho seus sintomas, mas, como havia sido medicado e tinha consulta já para a próxima segunda feira, voltamos para Nilópolis certos de que tudo estava sob controle. A essa altura o Pastor Junior, irmã Lilian e o pequeno Davi já estavam em casa.

No domingo fizemos uma rápida reunião com os diáconos e ficou acertado que o Pastor da Igreja e o diácono Enéas deveriam ir ao Tocantins dar apoio à família missionária, mas só conseguimos voar na madrugada de terça feira. Antes do embarque soubemos que a situação das queimaduras eram mais graves e Júnior havia sido levado de ambulância para Porto Nacional, cidade há mais de 250km de sua casa. Outro agravante, seus tios, que foram vê-los para conhecer a cidade e o novo membro da família, sofreram um acidente também de carro na manhã de segunda feira quando voltavam para o Rio de Janeiro. No mesmo domingo à noite o irmão José Carlos foi levado para o hospital da Policia Militar, seu estado era grave.

Chegamos a Conceição na tarde de terça feira, passamos a noite e pela manhã “voamos” para o hospital de Porto Nacional, o Pastor Junior tinha sido submetido a tratamento cirúrgico para remoção de tecido necrosado no braço e mão e estava sob efeito de morfina. No hospital soubemos que o Senhor providenciara dois anjos para que ele não ficasse sozinho com tanta dor: O pastor Tiago Alves da PIB da cidade e o Pastor Jonathas da TIB velaram em sua cabeceira a noite toda. Com nossa chegada eles voltaram para casa, mas continuaram dando assistência até sexta feira quando voltamos para Conceição.

Chegamos ao Rio de janeiro no sábado à noite e no domingo deixei a Igreja aos cuidados do vice-presidente e fui ao encontro do nosso ministro de Missões. Passamos parte da manhã de domingo com ele e sua esposa Ronilsa e, apesar dos esforços, a situação dele se agravou até que na terça feira foi levado para a UTI. Desde então temos reunido um grupo de aproximadamente 150 pessoas e orado todos os dias por ambas as famílias.

Mas o que é ser Igreja? Ser Igreja e isso, simplesmente isso e nada mais que isso e graças a Deus pela Igreja que somos.

Pastor Levy de Abreu Vargas

PIB Nilópolis

UM CHAMADO À ORAÇÃO

Nossa Igreja mantém um culto que poucas pessoas conhecem. Ele acontece todos os dias às 07h na sala de oração. O grupo normalmente é pequeno, nunca ultrapassa vinte pessoas, mas já funcionou com cinco, três e até uma única pessoa. Graças a Deus por esse irmão que esteve ali e não deixou que a chama se apagasse.

Em 1994 o líder deste grupo era o irmão José Jerônimo. Perguntei se sabia quando o culto tinha começado e ele respondeu: “Não sei Pastor, quando eu cheguei em 1957 ele já existia”. Procurei saber com a irmã Hilda Gonçalves, mãe da diaconisa Dazilza, mas ela também não sabia. Perguntei a outros (todos já na glória), mas ninguém soube responder. Perguntei então à irmã Carminha Camerino que sabia tudo da Igreja, mas para minha decepção ela também não sabia.

Quando e quem começou este culto não importa, importa é que ele é uma instituição viva, poderosa, singela e muito discreta na vida da PIBN. Lembro-me ainda na década de 90 quando o irmão José Lins me procurou dizendo que uma irmã (Edith Berriel) tinha sido curada pelas orações dos irmãos no culto e como gratidão queria dar seu testemunho à Igreja. Ela não apenas deu seu testemunho como também abriu as porta de sua casa como um ponto de pregação, e posteriormente pela sua integridade ganhou seu esposo para o Senhor Jesus.

A irmã Julia Vieira foi outra que deu grande parte da sua vida a este culto. Ela acordava sistematicamente às 05h, fazia sua devocional e atividades físicas e chegava cedo à Igreja. Motivado por sua dedicação, o diácono Odyr Xavier pediu cópia das chaves para que pudessem entrar quando chegassem e não ter que esperar pelos empregados da Igreja, que vez por outra se atrasavam.

Há lindas histórias ligadas a esse culto, e quem já participou sabe como faz bem começar o dia em comunhão com os irmãos e em oração. O culto é objetivo, direto, tem hora de começar e terminar. Quase sempre se canta um ou dois hinos, uma breve leitura bíblica e todos têm a oportunidade de fazer pedidos e orar. Simples assim. Apesar disso, ele tem experimentado um esvaziamento devido às enfermidades de uns e às limitações físicas de outros, por isso estamos aqui fazendo este apelo: Não deixem que essa chama se apague!

Na verdade, este depoimento é uma convocação e… UM VERDADEIRO CHAMADO À ORAÇÃO.

Pastor Levy de Abreu Vargas

MEU SER SOLITÁRIO

MEU SER SOLITÁRIO

Estudos revelam que quase metade da população mundial é composta de pessoas introvertidas. Elas não são tímidas nem solitárias, mas pessoas normais que gostam de passar mais tempo consigo mesmas que em companhia dos outros. São capazes de passar um final de semana inteiro ouvindo músicas, assistindo vídeos, lendo um bom livro ou até mesmo limpando a casa. Não sentem necessidade de companhia, pois essas atividades já preenchem plenamente suas necessidades relacionais.

Enquanto fazia o curso de teologia, nosso professor de prática ministerial recomendou a leitura de um livro bem sugestivo, que naquela época já era um Best Seller: Temperamentos Controlados pelo Espírito (Tim Lahaye), uma obra de fácil leitura que descrevia de forma bem humorada os quatro temperamentos básicos da natureza humana. Confesso que ele me ajudou muito especialmente nos primeiros anos de ministério.

Trinta anos depois vejo que a natureza humana não mudou muito e o livro continua vendendo aos milhares. Os quatro temperamentos (colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico) básicos ali descritos são facilmente inidentificáveis em nossas relações, não como crítica, mas como constatação natural de algo que é comum a todos. Eu por exemplo, tenho muito mais do temperamento fleumático que do colérico e sanguíneo por conta de meu jeito de ser. Outros são quase 100% melancólicos, enquanto os líderes de torcidas organizadas são “sangue puro”, vivem da adrenalina das massas, do ambiente coletivo e se alimentam nas multidões. Quase sempre são passionais, emotivos e altruístas.

O mesmo livro revela que ninguém é 100% de um único temperamento. E mesmo os que têm temperamentos mais acentuados em uma ou outra direção podem ser ajudados a chegarem ao equilíbrio através de uma vida mais piedosa e relacional, afinal, todos sabem que os extremos são perigosos e o equilíbrio é sempre a marca da sabedoria.

Não gostar eventualmente de estar com pessoas não é um problema, o problema é quando elas só gostam de fazer isso. Nosso maior exemplo de vida é Jesus que equilibrava longas exposições coletivas com retiros temporários e pessoais para orar, refletir, meditar e se reabastecer no silêncio. Outros se abastecem no barulho, no burburinho e nas multidões. Cada um sabe o que é melhor para si, cabe aos outros respeitarem as escolhas.

Pastor Levy de Abreu Vargas

A ROTA DOS MARMITEIROS

A ROTA DOS MARMITEIROS

Agora que a PIBN está às portas de completar 80 anos, afloram em nossa mente fatos curiosos vividos pela Igreja em décadas passadas. Um deles é a “saga” do trem mineiro que passava por Nilópolis. Vou tentar resumir a história nas linhas abaixo.

Foi assim: A locomotiva que ligava o Rio de Janeiro a Belo Horizonte passava por Nilópolis. Ela saia de Barão de Mauá (hoje uma estação fantasma na Avenida Francisco Bicalho), seguia pelo ramal de Japeri, passava por Conrado, subia Serra do Mar passando por Governador Portela, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Avelar, Três Rios e assim seguia até Belo Horizonte. Isso na década de 60 era uma verdadeira aventura, mas era exatamente isso que nossos irmãos procuravam.

Eles chegavam cedo à Igreja com suas marmitas, participavam da EBD e ficavam controlando o horário para não perderem o trem, embarcavam e possivelmente já iam evangelizando durante a viagem até o local onde desciam. Chegando lá almoçavam às margens de um rio, visitavam os moradores, faziam ar livres e cuidavam para não perderem o trem que voltava de Minas. Ele passava por volta das 16, 17h e com sorte ainda chegavam para contar as proezas no culto da noite. O curioso disso é que eles mesmos pagavam suas passagens, levavam sua própria comida e ainda sacrificavam seus dízimos e ofertas aqui na Igreja. Graças a esse empenho a PIBN organizou Igrejas em quase todas as estações de Japeri até Avelar.

Quando a Igreja completou 70 anos (2008) formei uma comissão composta de diáconos para refazerem de carro (o trem já não existe desde os anos 70) o mesmo percurso e colherem algumas informações relevantes para o acervo da Igreja, mas não tivemos muito êxito, pois algumas dessas Igrejas estavam atravessando dificuldades por conta do “Êxodo urbano”. Os pequenos agricultores venderam suas propriedades e migraram para a Cidade. Onde havia famílias agora só há pasto e cercas de arame farpado. Mas as Igrejas seguem de portas abertas, apesar das dificuldades.

Dez anos depois, o nosso projeto é refazer o mesmo caminho mais uma vez, passar por todas as Igrejas onde organizamos o trabalho e prestar uma homenagem àqueles abnegados irmãos que tanto fizeram pela evangelização do nosso Estado. Não é justo deixar que essa memória se perca.

Fique atento, em Setembro vamos refazer esta rota e você está convidado a participar dela.


Pastor Levy de Abreu Vargas

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POR NOSSA CULPA

Na última segunda-feira o Congresso Nacional votou uma medida extrema para conter o avanço da criminalidade no Rio de Janeiro, mas isso é apenas um ponto entre tantos outros. Nosso Estado é a segunda maior economia do país e ao mesmo tempo um fracasso administrativo por conta de gestores inescrupulosos que se revezaram no poder com a conivência daqueles que mais precisam do governo: A classe operária.

Infelizmente, aqueles que mais precisam e mais trabalham são também os que menos recebem. Fazem parte da classe operária aqueles irmãos brasileiros que viajam de trem e metrô, usam o sistema público de saúde, seus filhos estudam nas escolas municipais e estaduais, ocupam a maior parte do subemprego ou são funcionários públicos com baixa remuneração (professores, policiais civis e militares, bombeiros, agentes públicos, agentes de saúde e tantos outros), habitam os subúrbios, as comunidades ou a periferia, ou seja, nós somos a classe operária.

Jesus nos deixou alguns poucos mandamentos e mesmo sendo tão poucos teimamos em desobedecê-lo. Em seu derradeiro encontro com os discípulos Ele disse: “É me dado todo poder no céu e na terra, portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…” (Mateus 28.18,19). Mesmo com a assombrosa multiplicação de templos Evangélicos não temos feito discípulos. Temos feito amizades, temos reunido pessoas, temos construído templos e temos seduzido pessoas em busca de cura e riqueza, mas infelizmente não temos feito discípulos e sem discípulos o Reino não cresce e as trevas prevalecem.

Confesso que tenho pouca esperança que o Exército venha resolver em dez meses os problemas que foram se multiplicando por décadas, mas tenho certeza, que se a Igreja quiser e estiver disposta a pagar o preço da obediência ao imperativo bíblico, em menos de uma geração teremos não apenas uma Igreja transformada, mas um Estado verdadeiramente pacificado e liberto de todas as suas mazelas sociais.

A Bíblia ensina: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (II Crônicas 7.14-15). QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA!

Pastor Levy de Abreu Vargas