Posts

post_11fev18

APRENDENDO A ORAR COM JESUS AO DEUS QUE NOS CONHECE

Ao dizer na oração do Pai Nosso que Deus sabe o que é necessário para nós, Jesus estava ensinando na oração sobre a onisciência de Deus. Deus é um ser onisciente. A palavra onisciente é formada do prefixo de origem latina ONI, que significa aquele que tem conhecimento de toda coisa.
É justamente aqui que pode abrigar as nossas crises relacionadas às orações que fazemos. É o momento de perguntas diante do fato ruim que nos acometa, e Deus, sendo onisciente permite o infortúnio. São os porquês que são colocados diante de Deus, para os quais Deus se cala, e nos aborrecemos.

O que você responderia às famílias do Submarino ARA San Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro de 2017, com 44 pessoas a bordo, e Deus sabia que aconteceria aquilo? Você não responderia absolutamente nada. Há coisas que nós não desvendamos, porque o nosso raciocínio está relacionado às coisas da terra, é raciocínio raso.

Paulo, o apóstolo, tinha também suas limitações ao tentar compreender o porvir. Ele entendia que via as coisas de Deus como por espelho, em enigma, mas um dia conheceria completamente quando estivesse face a face com Deus (1 Co. 13.12).

Apesar de limitados que somos, é importante refletirmos sobre o Deus que nos conhece, com base na explicação de como devemos orar (Mt. 6.8). O Deus que nos conhece é sabedor das nossas dificuldades. Esse saber de Deus é uma de suas qualidades, a onisciência. Isso quer dizer que Ele sabe de tudo que esteja ocorrendo conosco, nós sabemos em parte.

O salmista teve essa experiência. Ele escreveu que Deus conhecia o seu sentar e o seu levantar; de longe entendia o seu pensamento (Sl. 139.1-2). Num outro contexto o profeta Isaías registrou: “E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Is. 65.24). Deus nos conhece e fará o melhor para nós, embora não entendamos os vendavais da vida que naufragam nossos barcos.
O Deus que nos conhece sabe das dificuldades antes de nós. Isso significa que ao pedir a Deus um emprego, Ele já o sabe. Pode surgir novamente aquela surrada pergunta: se sabe, por que pedir? Acontece que pedir é algo totalmente bíblico. Foi Jesus quem nos ensinou a pedir por meio da oração (Mt. 7.7-11).

Conta-se que George Müller orou durante cinquenta e dois anos pela conversão de alguém que lhe era querido. Só um tempo depois de sua morte que a pessoa conheceu a Cristo como seu Salvador. Pedir foi a parte que coube a Müller, fazer foi a parte de Deus. Pedir é a nossa parte. Fazer é a parte de Deus. Vivamos nessa esperança, dizem que ela não morre.


Pastor Antonio Carlos de Lima

Jesus Transformação e Vida No Sertão

Jesus: transformação e vida no Sertão

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens.” Tito 2.11 (NVI)
Em 2015 tive o privilégio de participar da Trans Sertão
em Bom Jesus da Lapa. Fui acolhida pelo pastor Ralison,
missionário da JMN. Ao viajar pela estrada até à
base na qual fiquei 13 dias, vi o vermelho da seca, senti
o cheiro do pó da terra que grita por água e ouvi histórias
de um povo que precisa de vida.
Visitamos muitas casas aplicando o material de Relacionamento
Discipulador baseado no livro de João,
e com isso vivenciamos a expressão que carregávamos
na camiseta: Jesus Transforma. Em meio à seca e desesperança
presenciamos Jesus derramar vida sobre
os que o aceitaram como seu único e suficiente Salvador.
Um exemplo disso é o senhor José e sua família,
que ao conhecerem a Palavra anunciaram para mais 20
pessoas ao redor da sua casa.
A pergunta que fica é: Como ouvirão se não houver
quem pregue? (Rom 10.14). Este é o nosso chamado
primordial: fazer discípulos e ensiná-los (Mat 28.18,19)
para que sejam transformados pela Verdade da Palavra
e tenham vida abundante em Cristo.

Elaine Oliveira
Ministra de Educação Cristã da
Igreja Batista do Bacacheri (PR)

Missões Nacionais

JESUS, TRANSFORMAÇÃO E VIDA! MINISTÉRIO COM SURDOS

Viver em uma sociedade onde sua língua e cultura é desconhecida é a realidade de 9,6 milhões de surdos brasileiros, que são inibidos de se comunicar, participar da sociedade como cidadãos ativos e, principalmente, de experimentar a alegria de conhecer o Seu Criador. Eles têm que ouvir a mensagem do Evangelho, e isso deve acontecer de forma contextualizada. Estamos avançando na capacitação de líderes e disseminação do grande desafio de alcançarmos esse grupo estratégico. Pela graça de Deus, atualmente temos missionários em 5 projetos de Plantação de Igrejas em Libras e diversos PGMs em Libras no Brasil.

Imagine viver em um mundo sem poder se comunicar com as pessoas à sua volta. Foi assim que viveu o jovem José Acácio durante anos. Nascido surdo em uma família de Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), seus pais por muito tempo não sabiam qual era o problema que o fazia não entender instruções básicas, e a comunicação com sua família era quase inexistente. Aos 17, sabia pouco de Libras e não frequentava a escola. Quando passou a aprender, a falta de instrução e comunicação o levou aos piores caminhos.

“Minha vida no passado era muito complicada. Eu queria ter dinheiro igual aos outros jovens. Então comecei a roubar as pessoas para beber e usar drogas. Eu era um cara muito violento, muito nervoso. Minha comunicação em casa era muito difícil. Não entender o que as pessoas estavam falando me dava uma tristeza muito grande e eu ficava pensando que era o único surdo no mundo. Aquilo trouxe uma angústia e uma depressão muito grande na minha vida”, conta José, hoje com 27 anos.

Nas primeiras vezes que foi à igreja, José sentia-se deslocado, pois ninguém podia traduzir para ele o que era falado. Para ele, era impossível conhecer a mensagem do Evangelho. Foi apenas com a visita da missionária Marília Manhães, do Ministério com Surdos de Missões Nacionais, que ele foi apresentado a Jesus, que poderia transformar sua situação.

“Foi o momento mais feliz para mim quando eu entendi o que as pessoas falavam. Depois do dia que eu entendi quem era Jesus, que eu recebi Jesus e Ele transformou a minha vida, eu comecei a desejar aprender mais de Deus e nunca mais quis pensar em viver aquilo que eu vivia antes”.

Depois que conheceu a mensagem do Evangelho, cresceu no coração de José Acácio o desejo de compartilhar com outras pessoas sobre Jesus, principalmente outros surdos, que viviam tão distantes do entendimento de Deus. Hoje, junto com o pastor Rafael Nascimento, da Igreja Batista em Libras de Vila Isabel, Rio de Janeiro (RJ), José Acácio é um líder de Pequeno Grupo Multiplicador em Libras (PGML) e tem levado transformação e vida por meio do Evangelho para a comunidade surda ao seu redor.

Extraído da Revista do Promotor, pg. 23, Campanha de Missões Nacionais 2017.