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Pastor Levy de Abreu Vargas

VACINEM SEUS FILHOS, POR FAVOR!

A grande polêmica da semana foi se as crianças devem ou não ser vacinadas contra o Covid. Até uma consulta pública se fez para dificultar o processo, mas venceu o bom senso e a partir do dia 17 de janeiro as vacinas já estarão disponíveis para os menores de 12 anos.

Desde o começo da pandemia fizemos todo o possível para esclarecer e proteger nossos irmãos de todo risco desnecessário. Fizemos isso porque a fé não anula a razão e nem a ciência. Elas são grandes parceiras quando se trata de prevenir e tratar doenças, portanto não se deixe levar por ideologias que criticam a prevenção com argumentos isolados, sensacionalistas e irresponsáveis.

Ao longo de minha vida já vi muito choro de pais e avós que privaram seus filhos e netos das vacinas, depois lamentaram as consequências, e não estou falando apenas deste momento pandêmico. Sarampo, meningite, rubéola, tétano, poliomielite, febre amarela e hepatite são algumas doenças que se previne com facilidade, mas o tratamento é sempre oneroso, doloroso e sem garantias de cura, portanto seja previdente, e mantenha a agenda de vacinação atualizada.

Meu apelo neste segundo domingo de 2022 é para que você tome a vacina e leve para ser vacinado aqueles que estão sob os seus cuidados. Os riscos naturalmente existem, mas eles são infinitamente menores para os que são vacinados.

Apenas para concluir: A variante Ômicrom atinge principalmente os não vacinados. Segundo a OMS, 70% dos casos estão entre aqueles que não foram vacinados. Os outros 30% são os grupos de riscos e casos fortuitos de baixa imunidade.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

PÓS NATAL

Ano passado, nesta mesma data, estávamos confinados em nossa casa cumprindo o afastamento social imposto pelo Covid. Em algum momento entre os dias 10 e 15 de dezembro 2020 fui contaminado apesar de tomar todos os cuidados. O que se seguiu foi um misto de incredulidade (assintomático), resignação e resiliência.

A incredulidade é natural quando recebemos uma notícia ruim, e aquela era particularmente indesejada. Ainda sentíamos a perda do nosso vice-presidente e muitas famílias da Igreja amargavam perdas para a pandemia. Felizmente venci a minha incredulidade e me atirei como um monge à disciplina do tratamento que era de pelo menos quinze dias.

Enquanto os dias passavam, eu e a Leonor íamos passando a limpo o passado recente e fazendo planos para o futuro (se saíssemos vivos da doença). Naquele momento tudo era muito incerto. Os noticiários davam contas de centenas de mortes todos os dias.

Resignados, tentamos tirar o melhor proveito do tempo “ocioso” e criamos uma rotina para cada dia. Como não podíamos sair nem para comprar remédios, ficamos à mercê dos favores Divinos que vieram através dos seus anjos vestidos de humanos: comidas, livros, telefonemas, mensagens e orações. Tudo foi muito importante.

Tivemos permissão para voltar às atividades no dia 29 de dezembro, mas aí o Natal já tinha passado e com ele toda aquela enxurrada de coisas boas que só acontecem nele, mas a resiliência nos fez pensar que há vida “pós Natal”… Há muitos outros Natais para celebrar. E como somos gratos a Deus por estarmos aqui, outra vez.

Pr. Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

O PIOR JÁ PASSOU, MAS OS CUIDADOS CONTINUAM.

No sábado 28 de março de 2020, o então Vereador Abraãozinho acompanhado do chefe de gabinete do Prefeito Farid, chegaram à minha casa com um pedido inesperado: usar ginásio de esportes da Igreja para montar um centro de triagem para o Covid 19. O pedido foi encaminhado à diretoria que no mesmo dia se reuniu e cedeu em caráter não oneroso o espaço. Era a nossa contribuição para frear a pandemia. À época o Brasil tinha apenas 3.904 casos e 114 mortes, segundo o ministério da Saúde.

Desde então, todos os dias as equipes de saúde da Prefeitura se revezavam no atendimento ao público. No início eram apenas alguns casos que cresceram rapidamente para algumas dezenas e houve dias que uma fila enorme se alongava pela Rua Zezinho. As semanas passavam rapidamente e o número de mortes se multiplicava. A vacina ainda estava na fase de testes e muita gente se contaminava mesmo seguindo as normas de distanciamento.

Em 23 de outubro 2020 tivemos uma perda irreparável. Nosso vice-presidente e amigo por mais de 26 anos faleceu no Hospital da Força Aérea depois de algumas semanas de tratamento. Pastor Adalberto Luz, que alegrava os idosos, que colocava apelido em todos, que tratava todas as coisas com seriedade, sucumbiu ao Vírus. Em 11 de dezembro 2020 foi a vez do nosso Prefeito. O homem que dedicou décadas de serviço à vida Pública era mais uma vítima. Farid, três vezes prefeito de Nilópolis, várias vezes deputado Estadual, partiu sem as honras devidas por causa da pandemia, mas a história lhe fará justiça.

Em 2021 o vírus sofreu mutações e continuou fazendo vítimas, mas as vacinas começaram a ser distribuídas e na mesma proporção que a vacinação avançava a mortalidade diminuía. Era o milagre da ciência. Nilópolis se destacou na Baixada pela rapidez como vacinou seus moradores. As filas no Centro de triagem foram diminuindo, diminuindo até acabarem e o Centro de Triagem perdeu seu sentido.

Hoje oficialmente a Prefeitura está devolvendo o nosso querido Ginásio, palco de tantas histórias, agora com mais uma para contar. Enquanto escrevo esse texto a mídia informa que a variante Ômicron chegou ao Brasil, mas não fará o mesmo estrago da cepa original, pois cerca de 63% do nosso povo já foi completamente vacinado.

Com certeza o PIOR JÁ PASSOU, mas os cuidados devem continuar e louvamos a Deus pela igreja ter sido instrumento de ajuda num momento de tanto sofrimento, perda e dor.

Pastor Levy de Abreu Vargas

Pastor Levy de Abreu Vargas

HÁ PASSO DO PARAÍSO

Essa é sensação que sentimos todos os dias ao ouvir as notícias que se superam em nos surpreender a cada edição: Mortes, sepultamentos coletivos, falta de medicamentos, denúncias de superfaturamento, desemprego, filas na Caixa Econômica, miséria generalizada em mais da metade da população, casuísmo político e, para completar, um judiciário lento, indiferente e corporativista.

Nossa vida está por uma casca de ovo. A todo momento temos apenas uma certeza: ninguém está seguro com essa onda de morte que assola o mundo e parece que o anjo dela está fazendo hora extra em terras brasileiras. O Anjo é democrático e bastante eclético: rico, pobre, anônimo, famoso, branco, negro, empreendedor, trabalhador, artista, religioso, político, jovem, idoso, portador de comorbidades, atletas, não tem preferências, serve o que vier pela frente, seu apetite é voraz.

Sendo tão vulneráveis, devíamos ser mais prudentes para diminuir as chances de entrar para as estatísticas, mas como um peixe nos deixamos fisgar por tão pouco. Basta uma rápida saída para ir ao mercado ou à farmácia e lá estão nossos amigos “pagando para ver” e acabam vendo, ou melhor não vendo. A visão de um leito é apenas o teto e as faces dos médicos e paramédicos que se aproximam para os procedimentos cada vez mais invasivos. Primeiro um tratamento venoso, depois a máscara de oxigênio, por fim a intubação da qual poucos regressam.

O paraíso está logo ali, mas ninguém de boa mente está com pressa de partir, afinal o mundo está muito ruim mesmo, o Brasil então, está péssimo, mas eles precisam de você, sim você, você mesmo que está lendo até agora. Não seja tolo, o Paraíso existe, mas ainda não é a hora, então cuide-se, e cuide de quem você ama. Faça a sua parte e não se deixe “fisgar”, porque ainda não é a hora de ir.

Pastor Levy de Abreu Vargas