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Primeira Igreja Batista em Nilópolis

TEM CERTEZA QUE É ELA SENHOR?

Sobre conhecer Deus e fazer sua vontade.

Era abril de 1987 e eu estava viúvo aos 33 anos. Uma condição ruim para qualquer pessoa, agravada pela circunstâncias de ter um filho com 05 anos, uma carreira militar a seguir e faltando dois semestres para concluir o seminário. Naquele tempo não havia Internet e nem as facilidades do ensino EAD (ensino à distância), então eu viajava cerca de 300km (ida e volta) duas ou três vezes por semana para ter aulas presenciais no Seminário do Sul.

Era julho de 1987 e resolvi tomar duas decisões corajosas: A primeira, deixar a carreira militar para dar dedicação exclusiva ao término do curso teológico e ao Ministério (Já era pastor); A segunda, iniciar uma jornada de oração em busca de uma esposa. Meu primeiro relacionamento durou cerca de 15 anos e foi muito bom, então eu temia começar uma segunda relação sem a direção de Deus.

Logo na primeira semana de oração, enquanto orava fervorosamente por uma esposa, aparecia em minha mente a imagem da Leonor. Ela também era aluna no curso de Teologia, tinha boas notas, era líder da turma da manhã (eu estudava de manhã e à noite), mas não éramos próximos e tinha dois pecados imperdoáveis: Fazia parte do diretório acadêmico e exibia naquela época uma estrela do PT. Também usava um óculos grosso, desses parecidos com fundo de garrafa. “Não rola”, pensei comigo mesmo.

Mas Deus é paciente, e eu precisava de uma esposa segundo o coração dele. Então Ela começou a ter mais visibilidade em minhas andanças pelo campus. Eu não estava mais cumprindo o expediente militar (me licenciei em 15 de Julho de 1987), tinha mais tempo pra vida acadêmica e dei de encontrar com a moça nos lugares comuns: biblioteca, cantina, capela, salas de aula, na fila de fazer cópias e às vezes subindo ou descendo a colina que dá acesso ao complexo.

Eu não conseguia me livrar da imagem dela e a encontrava todos os dias nos mais improváveis lugares, então achei que o Senhor podia estar me colocando à prova e decidi “fazer o jogo dele”: “-Muito bem Senhor, então é ela”? Perguntei francamente. – Sim, ela mesma, respondeu Ele.

Agora era questão de obediência, mas ainda arrazoei: “Mas o Senhor tem certeza?… Ele tinha.

Então, em 12 de dezembro de 1987 entramos no Templo da Igreja Batista do Méier para celebrar nossa união e temos caminhado com Ele até hoje. Nada a reclamar.

Pastor Levy de Abreu Vargas